domingo, 12 de junho de 2011

A Questão Fundamental



Todo o sentido contido na falta de sentido impressiona. A perfeição se mostra presente em diversos exemplos da ciência e da natureza e podemos encontrar notáveis exatidões em somas de fatores improváveis no universo.

Tudo é perfeito, mas toda essa perfeição, não possuí qualquer razão, nenhuma finalidade, não parece ter sentido. É uma velha questão filosófica, uma reflexão infinita que não nos leva a lugar nenhum, o que parece provar a falta de propósito nisso tudo, afinal, não adianta procurar por algo que não existe, a procura será mesmo infinita.

Apesar disso, não nos conformamos, aprendemos a achar sentido em tudo, aprendemos a lidar com diversos elementos em nosso planeta, o que levou a humanidade a progressos incríveis, achamos respostas para diversas questões, mas onde se encontrava uma resposta apareciam mais dúvidas, e dessa forma o homem nunca se acomodou e parece estar encontrando a resposta para a pergunta final, “ Qual o sentido de tudo?”, aos poucos, em parcelas, que podem ser contadas por milhares de anos.

Talvez Douglas Adams esteja certo, ao escrever em seu livro, O guia dos mochileiros das galáxias, que o planeta terra na verdade não é um planeta, e sim um computador, projetado por alienígenas para calcular, após muito e muito tempo, a questão fundamental de tudo. Pois aparentemente é isto que o homem parece estar fazendo em todo o seu tempo de existência.

Para mim, fica claro que todo este sentido existente na falta de sentido não faz absolutamente o menor sentido. Aparentemente “existem mais coisas entre o céu e a terra do que sonham nossas vãs filosofias” e devagar a humanidade trabalha para desvendar estes mistérios perdidos entre nós e as estrelas.

sábado, 28 de maio de 2011




Esforço – Parte II

Sobre o esforço...

Já citei em outro momento que não discordo do esforço pessoal que leva as pessoas a se superarem, que ao contrário disso, não gosto do comodismo e admiro e reconheço o mérito de pessoas que se dedicam pra sobrepor condições desfavoráveis. Porém creio que existem questionamentos que devem ser feitos e antes de propô-los eu gostaria de expor uma diferenciação pessoal que faço sobre esforço, acho que existem dois tipos:

Primeiro tipo de esforço – Trata-se de um esforço natural que todos nós demonstramos sem pensar em obter por meio dele lucro ou qualquer outra coisa. Seria uma dedicação que temos por prazer, por vontade de nos superar em algo, é o esforço que vemos por exemplo em crianças e jovens que gastam tempo e energia para zerar um jogo de vídeo game, o esforço que faz as pessoas se matricularem em escolas de esportes, ou cursos de fotografia, teatro, artesanato, pintura, é o mesmo que me faz escrever estes textos por exemplo. Qual a motivação para este tipo de esforço?! A resposta é o "Domínio", que este vídeo explica muito bem do que se trata:

http://www.youtube.com/watch?v=bIhHrL73d4s

Este vídeo também é muito interessante para se entender sobre o que estou tentando falar. Quando não demonstramos este tipo de dedicação sentimos um desconforto grande que muitas pessoas identificam como tédio e é este incomodo a prova que o ser humano é uma criatura programada naturalmente para se esforçar.

Segundo tipo de esforço - Esforço que temos por obrigação e que não nos da prazer, ao contrário, nos cria estresse, é o tipo de esforço verificado quando estudamos para uma prova da qual não gostamos nada da matéria, mas precisamos tirar uma boa nota para passar de ano, ou quando trabalhamos pensando apenas no dinheiro que iremos ganhar em troca do trabalho, normalmente tarefas realizadas por meio deste esforço não são bem feitas e o mesmo vídeo que explica o que é domínio também explica de que forma isto ocorre.

Nossa sociedade, de uma forma geral, cobra excessivamente o segundo tipo de esforço das pessoas, e o questionamento que faço é se realmente vale a pena se esforçar tanto por algo que não nos da prazer para ter dinheiro e status. Este esforço não natural que faz as pessoas abdicarem o tempo que possuem pra si para “crescer na vida”, é o mesmo esforço cobrado naquele discurso que citei no inicio deste assunto lá no primeiro texto, aquele discurso que fala que quem tem menos oportunidade e condições deve se dedicar, pois sempre conseguimos chegar onde queremos se nos esforçarmos bastante.

Essa talvez seja a explicação para termos, com cada vez mais frequência pessoas, com depressão na sociedade, as pessoas não dedicam mais tempo para si mesmas, e se esforçam em tarefas que não lhe trazem prazer pra conseguir sobreviver e pra não ir de contra as pressões sociais, é a explicação aos suicídios dos não bem sucedidos do Japão.

É a pressão alimentada pelo discurso, já tão mencionado ao longo dos dois textos, a pressão de quem faz qualquer negócio só pra não ser chamado de vagabundo como descreve Kamau em sua letra mais do que sensata, estou deixando aqui o vídeo com a música dele para quem quiser conferir. Poesia de concreto:

http://www.youtube.com/watch?v=S3XruaC99x4

Obrigações são e sempre serão necessárias, mas é preciso ter equilíbrio entre nós e elas e sempre que possível aliarmos as obrigações ao primeiro tipo de esforço.

sexta-feira, 27 de maio de 2011

Esforço – Parte I



Esforço... Tenho algo a dizer sobre isso!
Ouço de forma cada vez mais recorrente, principalmente entre pessoas de classe média e alta, o discurso de que todos nós, pobres ou ricos temos condições de evoluir na vida e ter boas condições sobre tudo no aspecto financeiro. Não discordo disso de forma alguma, podemos citar alguns exemplos e também observamos que países que possuem uma população “mais esforçada”, são países com melhor índice de desenvolvimento, tomo como parâmetro o Japão onde pessoas que não conseguem ser bem sucedidas na vida chegam a se suicidar, e por isso todos se esforçam bastante e acabam contribuindo para que o país cresça, e os Estados Unidos onde a cultura do “Loser” é muito forte, lá não podemos ser de maneira alguma perdedores na vida. Esta é uma herança calvinista, movimento religioso protestante que acredita na predestinação e por tanto possui a ideologia de que se uma pessoa é rica é porque Deus reconhece esta, uma pessoa merecedora por seus esforços e bondade, e por outro lado se uma pessoa é pobre esta apenas sofrendo o “castigo” de Deus por seus pecados e falta de dedicação, em outras palavras os calvinistas vivem para rezar e trabalhar. Os protestantes foram perseguidos na Europa pela igreja católica e muitos deles migraram para América do Norte para fugir da inquisição.

Não sou contra o esforço de maneira nenhuma, ao contrário disso, detesto o comodismo e reconheço o mérito de pessoas que se empenharam para sobrepor as condições desfavoráveis impostas pela sociedade, mas crítico este discurso que citei no início como forma de justificar a desigualdade de oportunidades, pois é muito fácil para classe média e alta que teve condições de estudar em colégios pagos de qualidade e, portanto, tiveram melhor condições de se preparar para entrar em universidades públicas com ótimo ensino, porem com vagas bastante limitadas e que no caso de não conseguir entrar nestas faculdades ainda possui condições de pagar uma faculdade particular que forneça melhor condições para as disputas no mercado de trabalho.

É muito simples para quem tem dinheiro dizer que quem não o tem deve, mesmo com condições piores, se esforçar e assim não reconhecer o estado precário das instituições públicas que criam enorme desigualdade de oportunidades, é este tipo de discurso mal aplicado que alimenta o descaso e falta de cobrança sobre nossos governantes, mas é válido lembrar que todos pagamos impostos altíssimos para que esta desigualdade de condições seja amenizada, pagamos caro nos impostos para poder ter saúde, educação e infra-instrutora urbana (dentre outros) de “graça” e quem é pobre tem que escutar que não se esforça o bastante ao invés de escutar cobranças sobre os políticos que desviam todo o dinheiro arrecadado para seus próprios benefícios e interesses, enquanto quem tem maior poder aquisitivo paga duas vezes por tudo que usa, pagamos impostos como o IPVA para ter estradas de qualidade e pagamos pedágio para ter a mesma estrada de qualidade, pagamos impostos para ter ensino público de qualidade, e pagamos colégios particulares para ter estudo de qualidade...Enfim essa conta vai longe.

Ainda tenho mais a dizer sobre esforço, mas vou deixar para outra oportunidade, pois pretendo analisar outros aspectos diferentes dos abordados aqui. Então depois mando mais notícias de dentro da baleia.

Referência: http://pt.wikipedia.org/wiki/Calvinismo

quarta-feira, 25 de maio de 2011

De Dentro da Baleia




Começo explicando o título do blog pra desta forma explicar do que se trata. Pois bem: Este Blog se chama “De Dentro da Baleia” Porque eu me chamo Jonas (“seria interessante acabar a explicação neste momento, você caro leitor iria pensar” Tá Jonas, mas e daí que você tem esse nome, o que isso tem a ver com o nome do blog? Pode se acalmar, a explicação não acabou, acompanhe...) e em determinado momento da minha vida ouvi uma música da qual gostei muito da letra e até hoje não sei se é dos Mulheres Negras ou do Zé Rodrix, fato é que esta música faz referência a uma história bíblica que em resumo fala sobre um tal de Jonas que foi parar dentro de uma baleia e deu uma cota por lá até se arrepender e pedir desculpas para Deus por seus erros e covardias, aí Deus fez o Jonas sair da baleia e ele foi cumprir sua missão (será que Deus é pouco ou muito chantagista? As vezes ele parece a própria vida nos impondo provas, mas vejo a vida de forma tão linda quando olho pro amor, e a acho tão difícil de compreender quando as pessoas tem apatia por mim. Consigo acreditar em um Deus, mas não nesse Deus inventado pelo cristianismo). Enfim, existe uma música pela qual eu tenho verdadeira paixão, com o meu nome, que se baseia em uma história bíblica que nem gosto tanto, mas que possuí a ideia muito interessante de um homem vivendo dentro de uma baleia, onde ninguém sabe da sua existência ali, nem que pensamentos, lamentações, reclamações e idéias passam em sua cabeça. Bem eu me sinto um pouco assim, como se muitos me vissem mas ninguém me conhecesse de verdade, então este blog seria a forma de comunicação para fora da baleia, seria o acesso para que pessoas entendessem de verdade o que acontece com este homem alheio ao resto do mundo e preso dentro de um grande peixe. Este blog é sobre meus pensamentos.

A tal música inspiradora: http://www.youtube.com/watch?v=v1oiMdZGd98

Seja bem vindo, sinta-se a vontade, pega uma cadeira e senta no chão, só por favor, não tire a meia pra não espantar as demais visitas. Até breve!